quinta-feira, 27 de junho de 2013

Anúncios de ONG dizem que likes no Facebook não salvam vidas

Não é a primeira vez que a publicidade criticou a moda "curta e ajude alguém" do Facebook

Uma das imagens exibe uma criança decapitada cercada por mãos que fazem o gesto característico do curtir do Facebook. Noutra peça, uma garotinha aparece numa enchente com vários "likes" em volta


São Paulo - Anúncios criados pela ONG Crisis Relief Singapore (CRS) mostram que likes no Facebook não ajudam vítimas de tragédias reais.

Desenvolvidos pela Publicis de Cingapura, as peças mostram que os "joinhas" da rede social em nada auxiliam as pessoas atingidas e convoca o leitor a se voluntariar.

Uma das imagens exibe uma criança decapitada cercada por mãos que fazem o gesto característico do curtir do Facebook. 



Noutra peça, uma garotinha aparece numa enchente com vários "likes" em volta.


Não é a primeira vez que a publicidade criticou a moda "curta e ajude alguém" do Facebook. 

A Unicef já produziu um vídeo para mostrar que curtir não salva a vida de ninguém.

Assista o vídeo abaixo:






terça-feira, 25 de junho de 2013

Especialização em Defesa Civil

Riscos e Desastres: conhecer para intervir e prevenir. Inscreva-se no curso de especialização em Defesa Civil UV. Acesse o site do curso e saiba mais: http://migre.me/eEgCe



quinta-feira, 20 de junho de 2013

Procedimento para a obtenção de licença de terraplanagem - FUNDEMA

Barra Velha, 20 de junho de 2013
Informação pública nº 338

A fundação municipal de meio ambiente de barra velha vem, através desta circular, informar o procedimento para a obtenção de licença de terraplanagem, haja vista que os proprietários de imóveis bem como as empresas de terraplanagem devem realizar a abertura do requerimento de vistoria antes de executar a atividade.

O contribuinte que necessitar realizar terraplanagem em seu imóvel deverá comparecer a Fundema munido de cópia dos seus documentos pessoais, juntamente com cópia da documentação do imóvel, realizar a abertura do requerimento de vistoria e pagar a guia de recolhimento.

Com o protocolo do pedido de terraplanagem o mesmo deverá se dirigir ao Setor de Planejamento e solicitar uma declaração onde deverá constar a medida da tubulação que deverá ser instalada no seu imóvel para o escoamento da água da chuva.

Com a declaração do Setor de Planejamento em mão o proprietário deverá primeiramente realizar a instalação da tubulação adequada.  Somente depois de finalizada a instalação da tubulação a FUNDEMA liberará a autorização de terraplanagem mediante a vistoria in loco para verificar a correta instalação da tubulação.

Informamos ainda que o imóvel e a empresa responsável pela terraplanagem que forem flagrados realizando a atividade de terraplanagem sem as devidas autorizações sofrerão punições previstas em lei.

Salientamos que a Fundação Municipal de meio Ambiente realizará um mutirão para identificar os terrenos já terraplanados, caso seja verificado terrenos sem as devidas licenças ambientais, será emitida multa para o proprietário do imóvel e outra para a empresa que executou o serviço de terraplanagem.

A reincidência de três multas na empresa executora do serviço de aterro implicara no cancelamento do alvará de funcionamento da mesma.

Fonte:
Ivo Ibere Gonçalves
Presidente FundemaPara proteger sua privacidade, as imagens desta mensagem foram bloqueadas. Exibir imagens

















terça-feira, 18 de junho de 2013

O que famílias de diferentes países comem em uma semana

Por Marina Maciel



                      Você com certeza já ouviu a frase você é o que você come. A origem da expressão vem de duas frases – uma do cozinheiro francês Jean Anthelme Brillat-Savarin (“Diga-me o que comes que eu direi o que tu és”) e a outra do filósofo alemão Ludwig Andreas Feuerbach (“O homem é o que ele come”) – que declaram que a comida de uma pessoa influencia seu estado de espírito e sua saúde.

                     O que mais a sua comida pode dizer sobre você? 

                Para os fotojornalistas Peter Menzel e Faith D’Aluision, além de revelar hábitos, pode dizer muito a respeito de economia, consumo, sustentabilidade, diferenças sociais e globalização. Eles chegaram a esta conclusão com seu projeto Hungry Planet: What the World Eats (Planeta Faminto: O que o Mundo Come, em português), que virou livro fotográfico.

            O projeto visitou 24 países e fotografou 30 famílias de diferentes classes sociais posando ao lado de toda a comida que consomem durante uma semana. O trabalho também faz um estudo da grande mudança pela qual passou a alimentação mundial depois da agricultura, impulsionada pela globalização, pelo turismo e pelo agronegócio.


            Abaixo, confira algumas das fotografias e o gasto de cada família com alimentação:

Estados Unidos, Carolina do Norte, $342



Austrália, Riverview, $428



Egito, Cairo, $78



Mali, Kouakourou, $30



México, Cuernavaca, $189



Índia, Ujjain, $45



Bósnia e Herzegovina, Sarajevo, $90




Japão, Kodaira, $361




Guatemala, Todos Santos, $76




Kuwait, Kuwait, $252




Canadá, Iqaluit, $392




Cuba, Havana, $64




Alemanha, Bargteheide, $568




Estados Unidos, Texas, $242




Canadá, Gatineau, $158




 
 China, Weitaiwu, $65



Equador, Tingo, $32




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Novo site da Defesa Civil de Santa Catarina


Confira o novo site da Defesa Civil de Santa Catarina:



Prevenção a desastres é tema de audiência pública na Câmara dos Deputados

Além de explicar as estratégias adotadas pelo Ministério da Integração Nacional, secretário Humberto Viana ressaltou o papel da sociedade nessas ações



Brasília, 12/06/2013 - O secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, participou, nesta terça-feira (11), de audiência pública na Câmara dos Deputados para explicar as ações de defesa civil realizadas pelo Ministério da Integração Nacional. Durante o debate, Viana detalhou aos parlamentares o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, que prevê investimentos da ordem R$ 18,8 bilhões. O montante será aplicado em obras de prevenção, mapeamento, resposta, monitoramento e alerta.

Além de abordar a temática da defesa civil do ponto de vista das medidas governamentais, o secretário comentou sobre a participação da sociedade no que diz respeito à proteção da vida humana. De acordo com ele, o esforço para zerar os óbitos decorrentes de desastres naturais no país deve unir os poderes Executivo e Legislativo, nas três esferas de gestão, e a população como um todo. "Vimos várias histórias ao longo dos anos, como o lixo que é jogado no esgoto, a vegetação que é arrancada da área de encosta, o -puxadinho' da casa que se faz e aumenta significativamente o risco. As pessoas têm que ter responsabilidade com a área que moram", alerta.

Humberto Viana também afirmou que às vezes a preocupação em realizar obras é maior do que a preparação das pessoas para enfrentar os desa
stres. "As obras estruturantes para enfrentar a recorrência de desastres têm que caminhar paralelamente à preparação da população", pontua. A Defesa Civil Nacional já treinou mais de 5 mil pessoas que vivem em áreas de risco com os simulados de preparação para desastres naturais. Neste ano, pela primeira vez, moradores das regiões Norte e Centro-Oeste serão capacitados.


Na visão do secretário, apesar dos desafios que o país ainda precisa vencer, a Defesa Civil Nacional nunca foi tão explorada positivamente como vem ocorrendo nos últimos dois anos. "Nós entramos no foco e a defesa civil passou a ser olhada, debatida. Nós passamos a figurar no debate nacional", comentou. "O foco principal da defesa civil é a vida, e assegurar a vida é o que nós sabemos fazer melhor", salienta.

Fonte: <http://www.mi.gov.br/web/guest/noticias/-/asset_publisher/xW1t/content/prevencao-a-desastres-e-tema-de-audiencia-publica-na-camara-dos-deputados?redirect=http%3A%2F%2Fwww.mi.gov.br%2Fweb%2Fguest%2Fnoticias%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_xW1t%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-4%26p_p_col_count%3D2>

quarta-feira, 12 de junho de 2013

TED Global 2014 será no Brasil

O próximo TED Global, a conferência mundial de ideias que merecem ser espalhadas, vai ser na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, entre 6 e 10 de outubro de 2014, depois da Copa e antes das Olimpíadas. É a primeira vez que um dos dois principais eventos do TED irá acontecer fora da América do Norte ou do Reino Unido. “O Sul está chamando”, disse o curador e diretor do TED Chris Anderson, despedindo-se da Europa no palco do evento, em Edimburgo, na Escócia.


O TED, cuja sigla significa “tecnologia, diversão e design” é hoje considerado um dos principais eventos da classe criativa no mundo. Suas palestras, distribuídas gratuitamente pelo site ted.com, são vistas bilhões de vezes e muitas vezes tornam-se fenômenos, sendo assistidas em todos os cantos do mundo e levando desconhecidos ao estrelato. Clique aqui se quiser ler uma reportagem da SUPER sobre o TED que aconteceu na Califórnia em fevereiro deste ano.
O anúncio de que o próximo TED Global será no Brasil foi feito hoje de manhã, logo após a palestra em inglês da neurocientista carioca Suzana Herculano-Houzel, e foi muito aplaudido pelo público. Chris disse que adora Edimburgo, na Escócia, onde o TED Global costumava acontecer, mas que o sonho dele é fazer com que a conferência seja realmente global. “Há no sul muita inovação, muita criatividade, muitas perguntas e respostas que o mundo precisa escutar”, disse ele. Haverá em 2014 um número maior de palestrantes brasileiros e sul-americanos do que em eventos anteriores. Mas quem quiser assistir ao vivo precisa ter bolsos fundos e agir logo: os ingressos custam 7.500 dólares e esgotam rápido.
A SUPER colabora com o TED no projeto Ideia Visual. Funciona assim: nós criamos infográficos sobre as palestras deles, que são publicados na revista e depois traduzidos para o inglês e espalhados pelo mundo pelo TED. Na estreia do projeto, este mês, a imagem que criamos sobre a façanha do mágico David Blaine provocou um boom de audiência para a palestra dele, que se tornou a segunda mais assistida do TED no dia, com cerca de 1.500 visualizações por segundo. O designer Rafael Quick, da SUPER, que desenhou o Ideia Visual, está neste momento no TED de Edimburgo, pesquisando para uma grande reportagem infografada sobre como as ideias se espalham.

DEFESA CIVIL - Rádio Nacional AM, de Brasília (DF)

Trecho da entrevista com o secretário Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional (MI), Humberto Viana, ao Brasil em Pauta de 08 de fevereiro de 2012. Na pauta, o secretário respondeu pergunta da Rádio Nacional AM, de Brasília, e falou sobre o processo de universalização do Cartão de Pagamento de Defesa Civil (CPDC) e as ações de reestruturação e modernização do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Naturais (Cenad).


PREFEITO DE BARRA VELHA PARTICIPA DE CERIMONIA DA DEFESA CIVIL E É RECEBIDO PELO GOVERNADOR

            O prefeito Claudemir Matias Francisco e a comitiva formada pelos vereadores Marciel Berlim, Douglas Elias da Costa, Daniel Cunha e Marciléia Reitz participaram hoje (11/06) da Cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Governador Colombo Machado Salles – Ano 2013 em comemoração aos 40 anos da Defesa Civil do Estado de Santa Catarina.




            Após a cerimônia o prefeito conversou com o Secretário de Estado da Defesa Civil Sr. Milton Hobbus e o Governador Raimundo Colombo para tratar assuntos de interesse do município.

            Como resposta o Prefeito Matias recebeu a confirmação de recursos para obras da Barrinha de Itajuba e a construção dos molhes de pedras na praia central na desembocadura do Rio Cancela. “São conquistas para a população, são duas obras de muita importância para a prevenção de enchentes” afirmou o prefeito.


            Esta não foi a primeira vez que o prefeito esteve reunido com o Secretário Estadual da Defesa Civil em Florianópolis, em outro momento, acompanharam o prefeito os vereadores Nivaldo Ramos, Natanael Izidório, Adilson Madruga e Claudionir Arbigaus momento que também fizeram a reivindicação.

  
            Segurança Publica também foi assunto debatido, Matias e os vereadores solicitaram ao Secretário de Estado da Segurança Publica Cesar Grubba a ampliação do numero de câmeras de monitoramento no município, passando de 10 (já instaladas) para 20 a serem instaladas nas escolas estaduais, municipais e nas ruas dos bairros Itajuba, São Cristovão e Centro.



           Além do monitoramento a comitiva solicitou o aumento do numero de viaturas e efetivo policial. “Como resposta do Secretário Grubba, recebi a confirmação da disponibilização de mais um delegado para o município de Barra Velha” afirmou o prefeito Matias.

Fonte: PMBV

Defesa Civil de Santa Catarina 40 anos!



A Defesa Civil de Santa Catarina comemorou nesta quarta-feira, 12, 40 anos de história. Uma solenidade no Teatro Pedro Ivo Campos, com a presença do governador Raimundo Colombo, marcou a data e homenageou autoridades, que foram agraciadas com a Medalha do Mérito Governador Colombo Machado Salles, entregue aos representantes de entidades solidárias e parceiras ao trabalho de proteção às pessoas e resposta às emergências climáticas, realizado pela Defesa Civil.

O ex-governador Colombo Machado Salles, que também participou da comemoração, criou a Defesa Civil em 1973. Ao reconhecer a iniciativa e celebrar os 40 anos de atividades, o governador Raimundo Colombo destacou que, a secretaria de Estado da Defesa Civil, passa por uma nova fase, com foco na informação, na prevenção e na redução dos riscos e desastres naturais. Segundo Colombo, já está em execução, por meio do Pacto por Santa Catarina, um projeto que prevê o investimento de quase R$ 1 bilhão no combate às cheias, o fenômeno está entre os que mais castigaram o Estado de Santa Catarina ao longo dos anos.

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Ainda no mês de junho serão abertos os editais para um conjunto de obras estruturantes, como a construção e sobre-elevação de barragens, limpeza de rios, reforço tecnológico para o monitoramento e alerta de eventos climáticos, entre outras que irão permitir não só um trabalho de resposta mais eficiente, mas que a população saiba com antecedência sobre a possibilidade de ser atingida por uma catástrofe natural e possa se proteger da forma mais adequada. “Os desafios são grandes, mas hoje já é possível reconhecer o quanto esse trabalho de proteção à vida das pessoas evoluiu. Com este pacote de investimentos, podemos dizer que, no futuro, Santa Catarina vai estar melhor preparada para evitar tragédias e o sofrimento de tantas famílias”, afirmou Colombo.

O secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, acrescentou que, a partir de agora, os agentes passarão a contar com um kit mínimo de equipamentos básicos da Defesa Civil para informação e organização das bases de trabalho. Também serão disponibilizados aplicativos gratuitos para que qualquer cidadão catarinense consiga acompanhar, em tempo real, as possibilidades de desastres. “Colombo Salles, mesmo que de forma primária, deu o primeiro passo e criou a Defesa Civil. Hoje, podemos comemorar uma nova fase que vai trazer mais proteção e preparo para a população. Ao invés de nos perguntarmos quando virá a próxima enchente, veremos as obras sendo construídas para evitá-la”, afirmou Milton Hobus.

 

Medalha do Mérito Governador Colombo Machado Salles

Foi instituída pelo governador Luiz Henrique da Silveira por meio de decreto, em 16 de maio de 2008. O nome homenageia o professor e ex-governador Colombo Machado Salles, responsável pela criação da Defesa Civil de Santa Catarina. A honraria visa reconhecer e enaltecer o trabalho de coordenação das ações de emergência e resposta aos atingidos por catástrofes naturais. Entidades, empresas e milhares de voluntários já prestaram auxílio à Defesa Civil durante estes eventos.

Os Homenageados


Durante a solenidade de comemoração dos 40 anos da Defesa Civil de Santa Catarina, o ex-governador Colombo Machado Salles e o primeiro diretor do órgão no Estado, Coronel Venício Humberto Bazadona Dutra, receberam uma placa como homenagem. Outras autoridades receberam a Medalha de Mérito que leva o nome do ex-governador: César Augusto Grubba, secretário de Estado da Segurança Pública; Geraldo Althoff, secretário de Estado de Assuntos Estratégicos; Aldo Pinheiro D'Ávila, Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina; Coronel Marcos de Oliveira, Comandante Geral do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina; Coronel Nazareno Marcineiro, Comandante Geral da Polícia Militar de Santa Catarina; Tenente Coronel PM Marcio Luiz Alves, ex diretor da Defesa Civil de Santa Catarina; Aderbal Vicente Lapolli, secretário executivo do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gestão de Riscos e Desastres da Universidade de Santa Catarina e Luiz Henrique da Silveira, Senador da República.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Nunca devemos esquecer!

DEFESA CIVIL INDEFESA

Desastres naturais voltam quando os esquecemos.

Torahiko Terada

Em meados do ano de 1940, a Força Aérea Alemã iniciou intensos bombardeios a alvos civis britânicos, durante a II Guerra Mundial. A partir desse triste evento, autoridades inglesas padronizaram um conjunto de procedimentos para minimizar o número de vítimas. O plano ficou conhecido como Defesa Passiva e atuava basicamente em três frentes: prevenção, alarme e socorro. Nascia assim a Defesa Civil, utilizada para prevenção de catástrofes por diversos governos em todo o mundo.

A Defesa Civil é um conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e reconstrutivas. Devem evitar ou minimizar desastres de qualquer natureza, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade social com a reconstrução dos estragos. A segurança global da população é dever de Estado, direito universal e responsabilidade cidadã.

Dada sua magnitude, a Defesa Civil tem que ser administrada pelo poder constituído. O problema é que gestões públicas, via de regra, primam pela ineficiência da "falta de dono", subtraem informações, censuram, não têm transparência e tendem a ser autodidatas sem ter o domínio do problema, gerando insegurança popular em relação ao real status pós tragédias.

Repousa sobre os ombros de autoridades por todo o planeta a difícil tarefa de estruturar sistemas de prevenção a desastres que funcionem. Com raras exceções, os sistemas existentes, dos mais sofisticados aos mais simples, emitem diversos sinais de alerta que em sua imensa maioria são ignorados ou se perdem nos descaminhos da ineficiência da gestão pública. A ONU desenvolve uma plataforma global de ações para redução de riscos desde a Conferência Mundial sobre Redução de Desastres, realizada no Japão em 2005, que produziu o relatório denominado Hyogo Framework for Action 2005-2015.

Risco é sinônimo de imprevisibilidade, incerteza e conhecimento restrito de causas e efeitos. Quanto maior o risco, maior o dano físico, político, econômico, social, ambiental e humanitário envolvido. A gestão de riscos de desastres naturais e climáticos, não é tarefa fácil pela sua própria dimensão e complexidade. O Japão, apesar da triste tragédia recente de terremoto, seguida de tsunamis e do acidente nuclear de Fukushima, é o país mais preparado no mundo para combater esses tipos de tragédia.

Conseguiu logo após ter detectado o tsunami, avisar a população sob risco por todos os meios disponíveis, inclusive celulares e redes sociais, e com isso evitar uma tragédia ainda maior.

Os institutos de meteorologia, juntamente com todos os que conseguem calcular o nível de rios, oceanos e outras medidas que possam resultar em catástrofes, precisam estar preparados para identificar riscos e passar alertas de emergência. De outra parte, defensores civis precisam estar aptos a receber esses avisos e agir rapidamente em cada caso, por todo entorno dos riscos. No atual estágio de desenvolvimento tecnológico mundial existem instrumentos que possibilitam reduzir substancialmente a intensidade dos desastres e aumentar o nível de segurança global da população envolvida, por um custo muito inferior ao da corrida armamentista. Além do conhecimento meteorológico, as tecnologias existentes permitem também conhecer as condições geológicas de regiões com relevo que oferece algum grau de risco, por meio de cartas geotécnicas que mapeiam as condicionantes geológicas locais e fornecem parâmetros para auxiliar o planejamento da ocupação e uso da terra.

Não cabe discutir se alguns eventos extremos são ou não produto da intensificação das mudanças climáticas por ações humanas. Seja qual for a razão, os últimos 10 anos estão entre os 12 mais quentes da história do planeta, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial. Em 2010 houve o maior inverno dos últimos 20 anos no Hemisfério Norte; enchentes recordes no Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Brasil (Rio de Janeiro), Austrália; chuvas intensas causadas por monções de verão na Índia e Paquistão; onda de intenso calor com muitas mortes na Rússia; seca brutal no Rio Negro; clima excepcionalmente quente na África, Groenlândia, Canadá Ártico e Sul e Oeste da Ásia. O ano atípico em relação a variações do clima provocou 950 desastres (90 % deles associados a eventos climáticos extremos como enchentes e variações de temperatura); 296 mil mortos; 208 milhões de afetados; e U$ 130 bilhões de gastos com remediação. Ou seja, o sistema climático exibiu em 2010 sua aguda polaridade e foi uma das causas principais do aumento recorde nos preços dos alimentos, que provocou a revolta do paupérrimo povo egípcio contra seu presidente ditador, ora deposto.

Um monitoramento de prevenção exemplar é o Centro de Advertência de Tsunami para o Pacífico, da Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês). Com sismógrafos e marégrafos, aparelhos que registram ondas sísmicas e fluxos e refluxos das marés em um determinado ponto da costa, respectivamente, calcula-se com precisão o tamanho das ondas e a área que pode ser atingida por tsunamis. Um sistema de alerta de sirenes em algumas praias da Indonésia e da Tailândia também serve para alertar a população do iminente perigo e que deve-se buscar um abrigo seguro, seguindo as rotas de evacuação de emergência já definidas pela Defesa Civil. No Havaí, há uma interação com o serviço de monitoramento norte americano capaz de fazer com que as autoridades locais prevejam dia e hora exatos da próxima erupção de vulcões como o Kilauea, um dos mais ativos da região e em atividade permanente desde 1983. Além disso, um mapeamento das áreas mais baixas da ilha que podem ser afetadas por uma erupção e, com alto nível de precisão, permite a remoção imediata dos moradores em risco.

No Brasil o Sistema Nacional de Defesa Civil - Sindec infelizmente não consegue cumprir com eficiência tarefas de prevenção e alarme. Sem mapas detalhados das áreas de risco, sem esclarecimento e treinamento da população e sem sistema eficiente de alertas preventivos, a Secretaria Nacional de Defesa Civil - Sedec limita-se a agir depois da tragédia. Chega apenas para socorrer as milhares de vítimas que escaparam com vida e contabilizar as centenas de corpos dos que não tiveram a mesma sorte. O CREA do Rio de Janeiro divulgou um estarrecedor estudo, dando conta que a tragédia das serras fluminenses poderia ter 80 % menos mortes se os sistemas de prevenção existentes funcionassem a contento.

A fim de não mais se repetir todos os anos, após as chuvas de verão, as imagens inefáveis de destruição, o Sindec não pode atuar somente em medidas paliativas e emergenciais. É um absurdo que o Brasil, com apenas um perigo natural para administrar, não consiga fazê-lo. O país não se assemelha a países como Bangladesh, Japão, Austrália, Indonésia ou Tailândia que lidam amiúde com enchentes, ciclones tropicais, terremotos e tsunamis, eventos mais devastadores e fatais que as enchentes brasileiras. Os desastres naturais mais prevalentes no país são Região Norte - incêndios florestais e inundações; Região Nordeste - secas e inundações; Região Centro-Oeste - incêndios florestais; Região Sudeste – deslizamento e inundações; Região Sul – inundações, vendavais e granizo.

A Sedec conta com apenas 110 funcionários no mapeamento de riscos, enquanto os Estados Unidos têm cerca de 3000 homens só para cuidar da segurança de seu presidente, que ficou apenas dois dias no Brasil, mas seu aparato de seguranças chegou 30 dias antes para planejar toda sua estadia em segurança máxima. Essa comparação escancara o abismo existente entre um país rico e outro dito emergente. Demorou quatro anos (entre 2004 e 2008), para que a Sedec mapeasse as áreas de risco em apenas 44 cidades – menos de 1% dos 5.560 municípios brasileiros. Destes, somente sete receberam efetivamente algum tipo de recurso para obras de prevenção a desastres.

O Conselho Nacional de Defesa Civil - Condec, outra entidade do Sistema Nacional de Defesa Civil, criado em 1988 para elaborar diretrizes, está há seis anos sem aprovar nenhuma resolução. Do total de municípios brasileiros, apenas cerca de 1000 têm organizações de Defesa Civil, ou seja, de cada 5 municípios, 4 estão com sua sorte lançada ao léu. Outro dado assustador: somente 74 municípios brasileiros (1,3 % do total), entregaram ou finalizaram Planos de Redução de Riscos, que são mapeamentos das áreas com maior possibilidade de incidentes provocados por catástrofes naturais. Não há planos, não há projetos.

A tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro serviu para evidenciar deficiências crônicas do Sindec. Já as tempestades que atingiram três estados da Austrália – as mais fortes em cinco décadas – numa área equivalente ao tamanho da Alemanha e França somadas, afetaram milhões de pessoas e deixaram apenas 32 mortos em dois meses de alagamentos. A Defesa Civil australiana é uma das mais eficientes do mundo. Agiu com rapidez tanto na prevenção como no alerta e socorro após o desastre, ao executar protocolos e rotinas de segurança exaustivamente treinadas. Estradas foram fechadas e famílias foram retiradas das áreas de risco com antecedência, ações preventivas que pouparam muitas vidas. O número de vítimas na Austrália não se compara com as cerca de 1400 vítimas fatais no Rio de Janeiro, em apenas oito dias de chuva.

O Estado do Rio de Janeiro tem uma história de eventos extremos desde 1966. Em Niterói a prefeitura estava informada, havia seis anos, por um estudo do Instituto de Geociência da Universidade Federal Fluminense, dos riscos com a ocupação desordenada de topos de morros e encostas. Em 2007 a mesma instituição alertou para 142 pontos de risco em 11 regiões – cinco das quais foram fortemente atingidas pelos deslizamentos do início de 2011.

O despreparo brasileiro para lidar com catástrofes é evidente nos diferentes níveis do governo. As autoridades constituídas devem estruturar um sistema nacional de prevenção contra desastres naturais, a começar pela construção de uma central de gestão de riscos, algo que o Brasil nunca teve, apesar de compromissos assumidos formalmente em 2005 por Lula. As razões para a ineficiência do modelo são muitas, mas estão principalmente ligadas a dois dos mais enraizados e revoltantes vícios da máquina estatal brasileira: o apadrinhamento dos "amigos do poder" e a alocação política de verbas. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União nas despesas do Ministério da Integração Nacional, que abriga a Defesa Civil, mostra que, entre 2004 e 2009, os recursos destinados à prevenção de desastres naturais somavam 934 milhões de reais. Somente 356 milhões de reais foram realmente utilizados, e desse montante, 37% destinaram-se à Bahia. Por coincidência, entre 2007 e início de 2010, o ministro da pasta era o baiano Geddel Vieira Lima. A absoluta falta de projetos fez com que a liberação de recursos emergenciais fosse 13 vezes superior ao disponibilizado para prevenção no ano de 2010.

Mas há luzes no fim dos túneis do Rio de Janeiro, onde desenvolveu uma parceria entre o poder público municipal e a IBM para construir o Centro de Operações da Prefeitura. Trata-se de um modelo conceitual de cidade inteligente, inspirado na NASA, para propiciar qualidade de vida aos cariocas. É o mais avançado centro tecnológico de monitoramento urbano do mundo, similar aos que estão em funcionamento em Nova Iorque, Paris e Madrid. O local, repleto de imagens, é um complexo sistema de informações integradas e interligadas, onde estão presentes 30 órgãos públicos e diversas concessionárias de serviços e empresas terceirizadas (defesa civil, luz, água, metrô, lixo, meteorologia, transporte público, entre outros). O trabalho coordenado e interativo desses órgãos gera dados em tempo real que são compartilhados pela inteligência do centro a fim de gerar não burocracia, mas ações planejadas de prevenção e correção de rumos da cidade maravilhosa.

Sim, nós podemos! Por outro lado, o IPT divulgou um estudo de áreas de alto risco na cidade de São Paulo, onde mais de 75 % das áreas de alto risco permanecem em 2010 como estavam em 2003, ou seja, ocupadas à espera de novas catástrofes. Não, nós não podemos!



Enfrentar os efeitos trágicos de mudanças climáticas e eventos naturais extremos, para proteger as populações mais vulneráveis, deve ser prioridade máxima de qualquer nação. Não há mais espaço para não compartilhar e deixar evaporar em nuvens negras a causar desastres toda a rica tecnologia e know-how desenvolvidos pela inteligência humana sobre o modus operandi do planeta e seus complexos fenômenos naturais. Se 3000 pessoas de alto nível podem garantir a segurança física do presidente norte-americano, com um aparato tecnológico up-to-date, imagine o que pode ser feito para proteger as demais valiosas vidas humanas. Estados modernos devem identificar e monitorar áreas de risco para permitir alertas antecipados; assegurar políticas de prevenção de desastres; usar a ciência, a inovação e a educação para criar uma cultura de segurança; preparar a sociedade para lidar com desastres naturais; e não se esquecer de reduzir os fatores de risco mais evidentes.