Um mundo mais quente intensificará a precipitação
extrema, afirma NOAA
05/04/2013 - Autor: Fernanda B.
Müller - Fonte: Instituto CarbonoBrasil
Por mais que os alertas de aumento nos
extremos climáticos sejam muitos, em um período tão crítico para o Brasil, onde
muitas cidades enfrentam dificuldades com as chuvas intensas, é sempre
importante a divulgação de estudos que aportam mais evidências que a tendência
é esta sim, os eventos extremos serão cada vez mais freqüentes.
Um novo estudo da Administração Nacional Oceânica
e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, publicado no periódico Geophysical
Research Letters, mostra que quanto mais umidade em uma atmosfera aquecida,
mais intensidade é adicionada nos eventos extremos de precipitação.
A NOAA alerta que a umidade extra devido à atmosfera mais quente domina todos
os outros fatores e leva a aumentos notáveis nas taxas de precipitação mais
intensas. O estudo considerou três fatores que entram no calculo do valor
máximo da precipitação possível em um dado local: umidade na atmosfera,
movimentação vertical do ar, e ventos horizontais.
É esperado um aumento de 20% a 30% na precipitação máxima possível ao longo de
grandes porções do Hemisfério Norte até o final do século 21 se as emissões de
gases do efeito estufa continuarem a crescer em taxas altas.
“Nosso próximo desafio é traduzir esta pesquisa para novos valores locais e
regionais que podem ser usados para identificar riscos e mitigar potenciais
desastres. As conclusões do estudo, e outros como ele, podem levar a novas
informações para engenheiros e desenvolvedores que salvarão vidas e grandes
investimentos em infraestrutura”, comentou Thomas R. Karl, co-autor da
pesquisa.
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